Desde que foi cunhado nos anos 90, o conceito de Smart Cities - ou “Cidades Inteligentes” - vem ganhando força devido ao contexto tecnológico e sua expansão.
Inicialmente, o conceito estava ligado ao projeto de “Cidades Digitais”, da União Europeia, que incentivava o uso da tecnologia para melhorar a eficiência energética, a mobilidade urbana e a gestão de serviços públicos.
Porém, assim como o panorama de Tecnologia das últimas décadas, o conceito se expandiu. Hoje, mais do que uma ideia de cunho futurista, as Smart Cities são uma realidade em diversos lugares do mundo.
Nesse contexto, a tendência é de que esforços rumo à consolidação desse novo formato de cidades se intensifiquem, gerando ambientes urbanos inovadores e voltados ao desenvolvimento.
O que são Smart Cities?
De maneira geral, Smart Cities são cidades que utilizam tecnologia e inovação para melhorar tanto a qualidade de vida de seus habitantes quanto a gestão pública, além de promover o desenvolvimento sustentável.
Para tanto, essas cidades aplicam recursos tecnológicos em aspectos como mobilidade urbana, saneamento básico, monitoramento ambiental e espaços públicos conectados à internet.
Em suma, Smart Cities são ambientes urbanos que aliam governos, empresas e organizações sociais com tecnologia e análise de dados para enfrentar os desafios urbanos e promover desenvolvimento sustentável.
Critérios e Particularidades
Embora sejam bastante variáveis, os critérios que classificam uma cidade enquanto Smart City geralmente envolvem aspectos como:
Embora os critérios acima sejam os mais comuns para definir uma cidade como inteligente, é importante lembrar que cada cidade tem suas próprias necessidades e características.
Por isso, mais do que implementar soluções tecnológicas que se adequem aos critérios mencionados, a comunidade deve estar alinhada com as demandas e prioridades locais.
Cultura de Dados e Smart Cities
A gestão de dados é um componente essencial para uma Smart City.
Isso se dá, principalmente, através da coleta, armazenamento, análise e utilização de dados que são gerados por várias fontes, como sensores, dispositivos móveis, sistemas de transporte e redes sociais.
Contudo, em um ambiente onde a geração e processamento de dados ocorrem de maneira ininterrupta, é de extrema importância garantir um processo transparente e responsável.
Dessa forma, garantir a privacidade e a segurança dos dados dos cidadãos através de instrumentos de regulamentação é vital. Isso significa que dados devem ser coletados e utilizados apenas para fins legítimos e que o acesso às informações sobre como os dados são utilizados deve estar sempre disponível.
Sendo assim, o propósito de se utilizar dados coletados na cidade para promover o bem-estar social é alcançável e fundamental. Questões como tráfego e manutenção das principais vias urbanas, utilização inteligente de energia e descarte sustentável de resíduos podem ser monitoradas e aprimoradas de forma constante, gerando aumento na qualidade de vida.
Por fim, a gestão dos dados em uma Smart City precisa ser colaborativa e democrática. Para isso, é necessário que exista sinergia entre a sociedade, as empresas e os órgãos governamentais.
A discussão participativa sobre as melhores práticas e políticas para se atingir o bem-estar social é uma tônica que auxilia a garantir que os benefícios da tecnologia sejam distribuídos de forma equitativa e inteligente.
Smart Cities ao redor do mundo
Existem muitos exemplos de Smart Cities em todo o mundo. Embora se possa encontrar exemplos inspiradores em diversos lugares do globo, tomamos como base um e-book publicado em 2021 pela HEC Paris que aponta as principais Smart Cities da Europa. Abaixo, algumas das cidades com melhor performance:
Smart Cities no Brasil
A presença de cidades inteligentes tem ganhado peso em terras brasileiras nos últimos anos.
Embora as capitais ainda concentrem os maiores esforços, devido à maior presença de empresas e ecossistemas de inovação, cada vez mais é possível ver cidades brasileiras adotando iniciativas tecnológicas.
Como exemplo disso, em 2022 foi divulgado o Ranking Connected Smart Cities, que mostrou que dentre as dez cidades mais inteligentes do Brasil, oito são capitais. Confira abaixo o ranking:
- 1Curitiba (PR)
- 2Florianópolis (SC)
- 3São Paulo (SP)
- 4São Caetano do Sul (SP)
- 5Campinas (SP)
- 6Brasília (DF)
- 7Vitória (ES)
- 8Niterói (RJ)
- 9Salvador (BA)
- 10Rio de Janeiro (RJ)
Ver Curitiba no topo dessa lista é motivo de muita alegria e orgulho para nós, da Realize Hub. Certamente, isso só é possível graças aos esforços conjuntos dos atores do Ecossistema Local de Inovação, conhecido como Vale do Pinhão, e de seu Comitê de Governança, no qual colaboram voluntariamente representantes dos principais atores da cidade, incluindo Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Sebrae, IPPUC, Fundação Cultural de Curitiba, IMAP e muitos outros.
Mesmo com os desafios para o desenvolvimento social e econômico em nosso país, acreditamos que o uso de tecnologia somada a uma postura colaborativa e inovadora podem nos colocar no patamar das grandes Smart Cities.
Por fim, a ideia de cidades conectadas, colaborativas e focadas em utilizar informação para o crescimento econômico e do bem-estar social ainda tem muito a apresentar. Porém, com a sinergia e participação dos diferentes setores da sociedade, é possível conceber um futuro de ainda mais inovação e desenvolvimento.
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